domingo, 24 de abril de 2011

Índice que reajusta aluguéis diminui e fica em 0,55% na segunda prévia de abril

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que serve de referência para reajuste em contratos de aluguel, diminuiu na segunda prévia de abril e ficou em 0,55%. No mesmo período do mês anterior, a variação foi de 0,59%.

De acordo com dados divulgados hoje (19) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o resultado foi influenciado pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que diminuiu de 0,68% para 0,51% no período. O IPA representa 60% do IGP-M. A taxa dos bens finais subiu de 0,69% para 0,91%, tendo como maior contribuição a elevação nos preços dos alimentos processados (de 0,30% para 0,96%).

Já o índice dos bens intermediários passou de 0,66% para 0,51%, tendo como destaque os suprimentos (de 1,25% para 0,33%). O índice referente a matérias-primas brutas também sofreu redução, de 0,68% para 0,07%. Os itens que mais contribuíram para esse movimento foram: algodão em caroço (de 8,73% para -1,69%), café em grão (de 10,65% para 2,45%) e laranja (de 4,55% para -9,52%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-M, subiu de 0,45% para 0,65%. Cinco das sete classes de despesa componentes do índice registraram acréscimos em suas taxas de variação. O destaque ficou com o grupo alimentação (de 0,19% para 0,64%), cujas principais pressões partiram de carnes bovinas (de -2,34% para 0,21%), laticínios (de 0,02% para 1,48%) e hortaliças e legumes (de 2,27% para 2,71%).

Também houve aumento em transportes (de 0,96% para 1,71%), educação, leitura e recreação (de 0,05% para 0,29%), vestuário (de 0,76% para 0,97%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,56% para 0,72%). Em sentido oposto, as taxas diminuíram em habitação (de 0,53% para 0,31%) e despesas diversas (de 0,42% para 0,29%).

Último componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu de 0,37% para 0,50%. Houve aumento no custo da mão de obra (de 0,17% para 0,74%) e diminuição no índice relativo a materiais, equipamentos e serviços (de 0,56% para 0,27%).

Para calcular a segunda prévia do IGP-M deste mês, a FGV coletou preços entre 21 de março e 10 de abril.

* Fonte: Agência Brasil

Assembleia gaúcha aprova lei proibindo estrangeirismo na escrita

Os deputados do Rio Grande do Sul aprovaram uma lei para banir o bullying, o spam, o pizzaiolo e qualquer outro vocábulo estrangeiro sem estar acompanhado tradução nas propagandas e documentos oficiais do Estado.
Aprovada por 26 votos a 24, a lei foi proposta pelo deputado Raul Carrion (PC do B) e institui a obrigatoriedade da do uso de expressões em português no lugar das estrangeiras "em todo documento, material informativo, propaganda, publicidade ou meio de comunicação através da palavra escrita" no Estado.
Ainda caberá ao governador Tarso Genro (PT) sancionar ou vetar a lei.
O principal alvo da regulamentação são estrangeirismos que poderiam ser facilmente substituídos por palavras em português, como os anúncios que trazem o termo "sale" no lugar de "liquidação", mas a lei vai além.
Quando não houver uma expressão equivalente em português, diz o texto aprovado, uma tradução deverá acompanhar com o mesmo tamanho e destaque o intruso linguístico.
Fosse aplicado tal qual o texto aprovado, o princípio obrigaria uma propaganda de restaurante japonês, por exemplo, a explicar que sashimi são fatias de peixe cru.
A reportagem não conseguiu falar com o deputado. No texto de justificativa do projeto, ele acusa a existência de uma "acelerada descaracterização da língua portuguesa, tal a invasão indiscriminada e desnecessária".
Além de ser considerada inócua por linguistas, para quem idiomas são sistemas "vivos" em constante transformação, a iniciativa enfureceu o mercado publicitário gaúcho, potencialmente o maior prejudicado pela lei.
"É uma coisa insana querer engessar a língua. Mas, como não prevê punição, é mais uma lei que não vai pegar", diz Alfredo Fedrizzi, dono de uma agência de publicidade em Porto Alegre.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/906578-assembleia-gaucha-aprova-lei-proibindo-estrangeirismo-na-escrita.shtml

domingo, 10 de abril de 2011

Dilma em 100 dias: o desafio agora é maior

Oposição ainda junta cacos, mas já esboça eixo de ataque
A oposição ao governo Dilma Rousseff passou os primeiros dias da atual gestão divida entre as tarefas de juntar os cacos de mais uma derrota para o PT e de encontrar um discurso que faça frente à nova presidente. Somente na semana passada, o PSDB, principal partido de oposição, encaixou críticas ao governo Dilma. Aumento dos gastos públicos, desaceleração do PAC e descontrole da inflação vão formar o tripé do ataque oposicionista.




Esses foram os eixos do discurso que o senador e presidenciável tucano Aécio Neves (MG) proferiu no Senado quarta-feira passada. Esses pontos também foram reforçados pelo líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Duarte Nogueira (SP). 'O governo está trabalhando com orçamentos paralelos: o que foi aprovado para este ano e o dos restos a pagar do governo anterior, que se transformaram em uma bola de neve e que reduzem a capacidade de investimento', afirmou Nogueira. 'Vemos, infelizmente, renascer, da farra da gastança descontrolada dos últimos anos, e em especial do ano eleitoral, a crônica e grave doença da inflação', afirmou Aécio.



Mas o desafio ainda é grande. Não bastassem os 56% de aprovação da presidente Dilma Rousseff, segundo pesquisa Ibope, os adversários dela ainda penam com a falta de rumo diante de uma personalidade discreta e econômica na retórica. 'O Lula facilitava a oposição parlamentar porque falava demais e abria espaço para o contraditório. Dilma, não', resume o presidente nacional do PSDB, o deputado Sérgio Guerra (PE).



O tucanato já notou que Dilma analisou o discurso do adversário da época da campanha, José Serra. 'Agora, ela ensaia um pedaço do discurso do Serra no governo', observa Guerra, ao destacar que Dilma fala em austeridade, controle de gastos, direitos humanos e gestão profissional na saúde, além de procurar mostrar que a política externa mudou. O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), observa que uma coisa é o discurso, e outra, a prática. Mas admite que no primeiro momento, o que prevalece mesmo foi o discurso. 'Fica a aparência, que não é ruim', concorda Guerra.



Divisão. Se por um lado o DEM implodiu com a perda de seu principal quadro no Executivo - o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que criou o novo PSD - o PSDB também enfrenta o velho racha entre Minas e São Paulo e a falta de foco que penaliza o conjunto da oposição. 'Os eleitores do PSDB têm simpatizado com as ações da presidente Dilma e isto tem preocupado o partido', disse a certa altura da reunião fechada dos governadores tucanos no dia 28 passado o anfitrião Antonio Anastasia (MG). 'Faço um parêntese à fala de Anastasia', atalhou o paulista Geraldo Alckmin. 'Nós não vamos atacar ou criticar a pessoa da presidente, mas temos realmente que fazer nosso papel de oposição, criticando o governo'. Alckmin frisou que o Brasil não é 'vocacionado' para ter um partido somente, e afirmou que o PSDB tem que se preparar para a alternância do poder.

Fonte: http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/artigo.aspx?cp-documentid=28312970